Há já algum tempo que queríamos ler com os mais novos e o Dia Mundial da Criança ofereceu o melhor dos pretextos para a visita a uma escola do 1º ciclo – estreámos um projeto com várias sessões na EB1 Gil Vicente, sala do 2º ano, da professora Iva Mendes.
Fomos 3 professoras do aLer+, a Maria Ferraz, do 12º E, e levámos connosco um livro GRANDE, no sentido literal, quase do tamanho dos nossos leitores (feito pela Maria João Cortegaça, evidentemente), em cuja capa, atrás de uma portinha, estava guardado O CUQUEDO (Clara Cunha, ilustrações de Paulo Galindro, ed. Livros Horizonte).
“Quem é que daqui gosta de histórias?”
Vinte e quatro mãozinhas se levantaram imediatamente. Calhou ao Afonso abrir a porta e, com o cuidado de quem está a desvendar um segredo, retirar o livro, que nos entregou. A Maria deu voz, com enorme sucesso, aos vários animais intervenientes, as professoras encarregaram-se das partes do narrador.
Ainda conversamos todos um bocadinho, mas rapidamente passamos à ilustração: nas páginas não totalmente em branco (a Maria João tinha feito algumas colagens estratégicas) os desenhos surgiram com enorme rapidez. Está começado O LIVRO GRANDE DOS LIVROS.
“Amanhã vêm cá outra vez?”
Que melhor avaliação?
DEBATE A PARTIR DE UM TEXTO DE DOSTOIEVSKI
"O Grande Inquisidor", extenso poema em prosa de um romance de Dostoievski, pode parecer demasiado denso para ser o objecto de um debate de alunos maioritariamente do 9º ano (sê-lo-ia para o 10º, o 11º ou até mesmo para o 12º). Em algum momento, enquanto os próprios professores reliam o texto, preparando-se para a sessão, deverão ter pensado: “Foi uma ideia absurda.”
A verdade é que, no dia planeado, o grupo constituído por alguns alunos de diversas turmas do 9º ano, da professora Adélia Simas, surpreendeu, numa conversa brilhantemente dinamizada pelo Gonçalo Oliveira, do 10º E, pela profundidade e pela maturidade: foi um momento comovente, aquele em que as raparigas e os rapazes, em círculo, na Biblioteca, usaram o texto para reflectir sobre ética, política, religião, sobre o livre-arbítrio, verdade e estratégia, sobre inocência, ambição, vaidade e inveja. Assistimos, em primeira mão, ao exercício de pensar, de interpretar e discutir, com uma qualidade que nos deixou sem palavras.
Participantes: Lourenço Santos, Luís Gonçalves e Maria Inês Vales, do 9º B; Catarina Carapinha, Catarina Mateus, Inês Silva, Joana Filipe e Vasco Ramos, do 9º C; Bárbara Patrocínio, João Pereira e Mário Simões, do 9º F; Carolina Mendonça, do 10 D.
Equipas de três alunos, gerindo como entenderam a distribuição do seu tempo, procuraram respostas a um conjunto de questões muito diversas e abundantemente ilustradas.
Abarcando áreas distintas – artes plásticas, música, ciências, literatura, história, geografia, teatro… – envolviam obrigatoriamente o recurso aos documentos impressos e à internet.
Participaram o 10º C e todas as turmas do 8º ano e, mal apuremos os resultados, anunciaremos a constituição da equipa vencedora.
LEITURAS EM VOZ ALTA, com o 7º A e o 7º D
O CAVALEIRO DA DINAMARCA trouxe várias vezes à Biblioteca os alunos de duas turmas do 7º ano, acompanhados pela professora de Português, Paula Varela.
Os primeiros encontros destinaram-se à leitura em voz alta do maravilhoso livro de Sophia de Mello Breyner, pontuada por breves trocas de impressões e esclarecimentos.
Tão fértil em referências, o texto não podia deixar de nos conduzir a diversíssimas pesquisas: cidades como Florença ou Veneza, escritores ou pintores, como Dante ou Giotto, até instrumentos musicais, como o alaúde, foram apenas alguns dos temas distribuídos pelos grupos.
As últimas sessões foram de partilha de conhecimentos, quando o resultado da pesquisa e trabalho de edição de texto, imagem e som foi apresentado à turma.
OS MEUS LIVROS, com Miguel Oliveira
Acedendo prontamente ao nosso convite, um encarregado de educação da turma 10.ºE esteve na Biblioteca, para falar de um dos “seus” livros: O PAPALAGUI, Discursos de Tuiavii Chefe de Tribo de Tiavéa nos Mares do Sul.
Como disse o orador, este livro publicado nos anos 20 (e lido na adolescência) mantém plena atualidade. É “fininho”, tem uma linguagem muito clara e acessível, aborda variadíssimos temas de interesse universal. Assim foi justificada a escolha, num tom simpático, fluente, informal, que marcou o tom da apresentação. Alternando informações sobre o livro, leituras de breves excertos, reflexões e relatos de experiências pessoais, o dr. Miguel Oliveira manteve a atenção de todos até muito depois do toque (!) e, certamente, conquistou alguns leitores para O PAPALAGUI.
Aliás, o encontro vai ter continuação.
Os nossos agradecimentos, pai do Gonçalo!
VENCEDORES DO CONCURSO LITERÁRIO
Com os parabéns às professoras respetivas e os devidos agradecimentos pela colaboração, eis a lista dos vencedores do Concurso Literário.
ÁRVORE DE ALICE
​O 7º A e o 7º D andaram pelo país de Alice, numa viagem com três etapas. Na primeira, todos os alunos leram, em voz alta, páginas de Aventuras de Alice no País das Maravilhas, escolhidas aleatoriamente; a partir da sua página, cada aluno fez depois uma ilustração; inventou também uma pequena frase ou uma palavra que pudesse representar a página que lhe calhou.
Finalmente, a última etapa decorreu junto à ARBOR, onde cada turma criou a sua ÁRVORE DA ALICE.
Ao longo de várias semanas, todas as sextas-feiras, o 10ºC recebeu na aula de Biologia uma curta visita da professora Paula Fonseca, que foi lendo, carta a carta, o livro de Kathrine Kressmann Taylor "DESCONHECIDO NESTA MORADA"
O Dia dos Namorados, ou o S. Valentim anglo-saxónico, não é propriamente uma das mais antigas tradições portuguesas, mas sem dúvida que veio para ficar e, claro, por boas razões.
Foi o pretexto para as sessões a que chamamos “Cartas de Amor”, em que participaram as turmas 9º C e 10º C, em torno desse hábito cada vez mais ausente da comunicação nos nossos dias.
Um primeiro momento foi dedicado à escrita. Pessoal, íntima e anónima, de uma carta de amor (de uma qualquer forma de amor) a um destinatário existente ou imaginário.
Selecionadas nos bastidores trinta breves passagens e tecida a carta coletiva de cada uma das turmas, foi lida e ouvida com surpresa e alguma emoção, num segundo momento. Os dois textos inauguraram, sublinhe-se, a nova vitrine, à entrada da Biblioteca.
A encerrar, a leitura de cartas assinadas por grandes escritores – Saramago, Lídia Jorge, António Lobo Antunes, Saint-Exupéry.
Segundo a Catarina e a Joana, do 9º C, a atividade foi “simultaneamente interessante e divertida”.
A Biblioteca da ESPJAL continua a plantar o gosto pela escrita e pela leitura. Desta vez temos o prazer de escrever de um modo original, sem lápis, sem papel, sem teclado. Durante um mês, poderás escrever de modo interativo na ARBOR - escultura interativa que integra três linguagens pouco comuns na nossa escola: a escultura, a computação e a electrónica.
"A Carta"​
Os alunos das turmas D,E,G e H do 9ºano, acompanhados pela professora Teresa Gomes, realizaram na Biblioteca a leitura partilhada de "A Carta", conto da autoria do tenente Pina de Morais, incluído na obra AO PARAPEITO (1919), no âmbito da disciplina de História, assinalando o centenário da participação de Portugal na I Grande Guerra.
7 ANOS, 7 IDEIAS
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Letras, sons, sílabas, vozes, palavras, rostos, encontros, palavras, imagens, ideias, emoções, palavras, lembranças, colar, descolar, misturar palavras. Ao cabo de 7 anos de sermos uma escola aLer+, quem sabe se a magia do número e os seus ecos, de mudança de pele, cumprir de ciclo, virar de página, fizeram olhar para trás, juntar pedaços, para baralhar e voltar a dar.
Fomos buscar momentos de 7 anos. Aqui estão.
Em cada dia, ao longo de 7 dias, de novas combinações uma nova exposição surgirá. Fragmentos de lembranças a experimentarem múltiplas e diversas relações, proximidades, sobreposições.
Afinal, é também assim que acontecem os livros. E as leituras.
Montagem da Grande Exposição aLer+
Intervenções na Exposição aLer+ :
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OS MEUS LIVROS, com HUGO GONÇALVES
10ºC À DESCOBERTA DOS LIVROS
Navegando pela Biblioteca da Espjal, descobrindo autores, títulos, assuntos, todas as turmas de 7º ano participaram, com entusiasmo, nas sessões de boas-vindas aos alunos
10º C - ver+
DEBATE SOBRE O ESTRANGEIRO, DE ALBERT CAMUS
Albert Camus é dos autores a que os alunos de Filosofia 11º ano são apresentados, no contexto da reflexão sobre o sentido da vida. O ESTRANGEIRO, cujo protagonista revela e provoca uma permanente estranheza, é uma obra acerca da vida como absurda.
Depois de terem lido o romance, as turmas do 11º ano do professor José Pacheco encontraram-se na Biblioteca, para um debate sobre a vida, a indiferença ou o apego, o lugar dos sentimentos, ou a expectativa da existência de Deus, na edificação de um sentido.
Documentário - "PARA ALÉM DA FAMA"
O documentário PARA ALÉM DA FAMA: BASTIDORES DE NOVAS PROFISSÕES DE SONHO, realizado por Paula Vanina Cencig, foi o ponto de partida para o debate sobre as escolhas e expectativas dos jovens de hoje em relação às suas opções profissionais, em que participaram as turmas 11º F, 12º E e 12º F.
Uma iniciativa conjunta da Biblioteca e do SPO, que contou com a presença da realizadora do documentário e do Dr. Vítor Ferreira, coordenador do projeto de investigação Tornando profissões de sonho realidade: transições para novos mundos profissionais atrativos aos jovens, desenvolvido no Instituto de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa
No dia 21 de outubro, (4ª feira) durante 50 minutos,
entre as 10h30 e as 11h20, todo o Agrupamento – alunos, professores, funcionários,
encarregados de educação que possam estar presentes, ex-alunos, ex-professores,
das salas de aula ao polivalente, da direção à secretaria, da biblioteca aos pátios
e ao refeitório – fará uma pausa para a leitura, em silêncio.
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